Pesquisadores percorrem trajeto do Corredor Bioceânico para investigar impactos para os agricultores familiares de MS

Postado por: FELIPE AUGUSTO RODRIGUES DA SILVA

Pesquisadores percorrem trajeto do Corredor Bioceânico para investigar impactos para os agricultores familiares de MSOs pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estão realizando uma viagem seguindo o trajeto do Corredor Bioceânico, saindo de Porto Murtinho até Campo Grande. O objetivo é investigar as expectativas e os impactos da rota para os agricultores familiares.

“Vamos parar em todos os pontos de comércio de agricultura familiar ao longo da estrada para investigar o que está sendo vendido, quanto tempo tem o empreendimento e o interesse desses pequenos produtores em aumentar as vendas”, explica o professor Edgar Aparecido da Costa do Campus do Pantanal (CPAN/UFMS), que integra o Eixo de Economia do Projeto Corredor Bioceânico da UFMS.

O trajeto iniciou na segunda-feira (31) e termina na quinta (3), seguindo os municípios que integram a rota bioceânica: Porto Murtinho, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Sidrolândia e Campo Grande. A atividade é uma ação de extensão do Projeto Corredor Bioceânico da UFMS e segue os protocolos de segurança contra a Covid-19.

“Nosso objetivo é avaliar como esses produtores podem aproveitar a passagem do Corredor Bioceânico e entender qual é a perspectiva, a visão de futuro dos empreendedores, assentados, indígenas, artesãos, pescadores e demais grupos sociais marginalizados da região sudoeste do Estado”, conta o historiador Eronildo Barbosa, que integra o Eixo de História do Projeto Corredor Bioceânico da UFMS, e também participa da viagem.

Um dos pontos de parada foi o pequeno comércio do agricultor familiar José da Silva Pacheco, do Assentamento Santa Mônica. No local, são vendidos doces, pimenta, abóbora, queijo, manteiga, produtos artesanais. São itens de produção própria e também de outros agricultores familiares da região.

Questionado sobre o Corredor Bioceânico, o agricultor revelou uma boa expectativa. “Essa visita dos pesquisadores foi muito boa e eu acredito que vamos ter mudanças com essa obra, que vai trazer melhorias”, comentou José da Silva, que é produtor há 16 anos.

O projeto de pesquisa e extensão é coordenado pelo Prof. Dr. Erick Wilke, da Escola de Administração e Negócios (ESAN/UFMS). Também são realizados estudos nos Eixos de Economia, Logística, Turismo e Direito. Os recursos que viabilizaram a pesquisa são oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT/MS).

Agricultura Familiar

São 35 assentamentos rurais com 5.676 famílias nas cidades sul-mato-grossenses alcançadas pela rota, conforme levantamento feito a partir dos dados da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer).

Entre os principais produtos encontrados nesses assentamentos rurais estão leite, mel, mandioca, abóbora, ovos e cana-de-açúcar. A pesquisa nesta área vai contribuir para a construção de um Plano de Desenvolvimento Territorial Rural Sustentável.

Na parte histórica, o estudo busca contribuir para o desenvolvimento de diferentes grupos sociais impactados pela rota bioceânica, além de disponibilizar registros históricos para outros pesquisadores, representantes de associações de bairro, sindicatos, associações comerciais e instituições públicas.

O Corredor Bioceânico liga os oceanos Atlântico e Pacífico, permitindo a conexão viária do Centro-Oeste brasileiro aos portos de Antofagasta e Iquique (Chile), passando pelo Paraguai e Argentina.

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Por: Assessoria de Comunicação do Projeto Multidisciplinar Corredor Bioceânico