Potencialidades e gargalos logísticos são mapeados no Projeto Corredor Bioceânico
Melhorar a logística para exportação e importação de produtos é o principal objetivo da construção do Corredor Bioceânico, que vai possibilitar a conexão do Centro-Oeste brasileiro aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique. O trajeto passará por cidades do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
A Logística é uma das áreas de estudo do Projeto Multidisciplinar Corredor Bioceânico, coordenado pelo Prof. Dr. Erick Wilke, da Escola de Administração e Negócios (ESAN) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O projeto de pesquisa e extensão inclui ainda os Eixos de Economia, Turismo, Direito e História.
O professor Francisco Bayardo, da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (FAENG/UFMS), é o responsável pelos estudos do Eixo Logística, que busca identificar como se caracterizam as cadeias produtivas ao longo do corredor: setores, agentes econômicos, fluxos, elos, matérias-primas e produto final, limites e gargalos do sistema, recursos, e quais serviços públicos serão necessários em função do aumento da demanda.
“Serão levantadas informações sobre volumes e tipos de cargas, produção para consumo interno e exportação, detalhamento da rota de escoamento como necessidades, ações estratégicas e informações complementares, análise do corredor logístico, avaliação da infraestrutura destinada à exportação e ao consumo interno”, explica o pesquisador.
O estudante do curso de Engenharia da Produção da UFMS, Jacson Mateus Alba Júnior, também participa do estudo. Os pesquisadores vão identificar ainda produtos e atividades econômicas viáveis para utilização do Corredor Bioceânico como: carne e grãos, minério de ferro e ferro fundido, gás natural, fios e tecidos, adubos e fertilizantes, alimentos, entre outros.
Nesta primeira etapa, a equipe realiza o levantamento de dados junto aos órgãos públicos de Porto Murtinho e de Campo Grande. De acordo com Francisco Bayardo, a pesquisa irá identificar potencialidades e gargalos nas três dimensões principais do corredor logístico: infraestrutura, serviços e instituições.
“Será apresentado o detalhamento sobre a necessidade de serviços como segurança, saúde, hospedagem, alimentação, postos de combustíveis, limpeza, manutenção, tecnologia da informação, de instituições e profissionais capacitados para atuação no comércio exterior com fluência em inglês, espanhol e outros idiomas e de conexões intermodais com aeroportos e ferrovias”, afirma.
Dessa forma, o levantamento poderá ser usado como base para um planejamento envolvendo a iniciativa pública e privada para que a rota seja utilizada de forma eficaz, competitiva e estratégica.
Como ação de extensão, será realizado um evento de capacitação ou instrução abordando os produtos e atividades econômicas viáveis para utilização do Corredor Bioceânico.
Pesquisador do Eixo Logística
Francisco Bayardo Mayorquim Horta Barbosa – professor da Faculdade de Engenharia da Produção (FAENG/UFMS)
Professor Adjunto 2 da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Mestre em Agronegócios (Consórcio UFMS/UnB/UFG) (2008); Especialização em Gestão Estratégica em Agronegócios (UFMS) (2003); Administrador pela UFMS (2000); Tecnólogo em Construção Civil-Edificações pelo CESUP (1991). Tem experiência na área de Administração/Engenharia de Produção, atuando principalmente nos seguintes temas: Comportamento do consumidor; Competitividade; Marketing; Logística – Gestão da Cadeia de Suprimentos, Gestão de Estoques, Logística Empresarial; Qualidade – Gestão de Sistemas da Qualidade, Planejamento e Controle da Qualidade. Atua no Curso de Engenharia de Produção/UFMS.
O que é o Projeto Multidisciplinar
O Projeto Multidisciplinar realiza pesquisas de extensão centradas em resultados acadêmicos relevantes para a promoção do desenvolvimento econômico e social nos territórios alcançados pelo Corredor Bioceânico. Os recursos que viabilizaram a realização da pesquisa são oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT/MS). Clique aqui para saber mais.
Por: Assessoria de Comunicação do Projeto Multidisciplinar Corredor Bioceânico